sexta-feira, 21 de junho de 2013

As histórias de terror dentro dos filmes de terror

Os filmes de terror criam um mundo onde você deve temer até mesmo as sombras, mas o que não sabemos é que por trás desse mundo sangrento, existe mesmo algo que devemos temer de verdade!

Filmes clássicos são relacionados a uma série de casos estranhos, incluindo mortes.
6 situações estranhas que envolvem os filmes Poltergeist, O Exorcista, A Profecia, O Bebê de Rosemary, O Corvo e O Iluminado.



Um dos casos mais famosos é sem dúvida o do filme Poltergeist, que colecionou história estranhas e assustadoras durante a sua produção. Para começar, Carol Anne, a personagem principal do filme, teve uma morte repentina depois de participar dos três longas da série. A menina, de apenas 11 anos, acordou com os pés inchados e os dedos roxos alguns dias depois do fim das gravações. Antes de sua mãe conseguir pedir ajuda, ela desmaiou e teve que ser carregada pelos médicos. No caminho para o hospital, a menina teve uma parada cardíaca e morreu alguns minutos depois. Além de Carol Anne, a personagem Dana, que fazia o papel de sua irmã no filme, também morreu após as gravações. A adolescente foi estrangulada pelo namorado e não resistiu. Já o reverendo Kane faleceu durante a produção por causa de um câncer, que ele acreditava ter se recuperado há mais de um ano e meio.







Outro filme famoso que foi envolvido por uma série de acontecimentos estranhos foi O Exorcista. Durante as gravações do longa, nove pessoas ligadas a sua produção acabaram morrendo de forma “estranha”, como foi divulgado na época. Além disso, a atriz Ellen Burstyn, que interpretava a mãe da menina possuída na versão original, acabou sofrendo uma lesão nas costas depois de ter sido “puxada” por uma corda do cenário, sem que alguém pudesse explicar como aquilo tinha acontecido. Isso sem contar com uma série de barulhos nos sets, a morte de um segurança durante a produção e os pesadelos estranhos e assustadores que o elenco teve nesse período.




No filme A Profecia os acontecimentos que envolveram a produção do longa foram mais amenos que os anteriores, mas não deixaram de assustar o elenco e o público da época. Durante as gravações, os cães que aparecem na história atacaram os seus próprios treinadores e o diretor Richard Donner quase foi assassinado. Richard estava hospedado em um hotel que sofreu um atentado do Exército Republicano Irlandês, sendo bombardeado de forma inesperada. O acontecimento contribui para reforçar a série de “maldições” que perseguem essas histórias.




O Bebê de Rosemary é outro clássico do terror conhecido por sua relação com “estranhas coincidências”. Além do diretor Roman Polanski ter recebido ameaças de morte por se envolver com a produção de 68, sua mulher, grávida de oito meses, foi assassinada por um psicopata. No mesmo ano, Krysztof Komeda, compositor da trilha sonora do filme, morreu com um coágulo no cérebro, como um personagem da trama que era amigo de Rosemary; e o produtor William Castle foi internado subtamente. Coincidentemente ou não, a morte da mulher de Polanski, junto com mais quatro pessoas, ficou conhecida como o caso “Helter Skelter”, letra de uma música dos Beatles. Onze anos depois, John Lennon foi assassinado no mesmo prédio em que o filme foi gravado.




Além de Brandon Lee ter sido atingido por um projetil de uma arma, que deveria estar carregada com festim, e ter morrido durante as gravações de O Corvo, o filme também envolve outras histórias de bastidores consideradas como uma "maldição". O cenário principal foi destruído por uma tempestade e um carpinteiro enlouquecido jogou o carro sobre o estúdio, o que reforçou os boatos de que o filme era amaldiçoado




Alguns técnicos que trabalhavam nos bastidores de O Iluminado afirmavam que vultos eram vistos constantemente espalhados pelo cenário. Além disso, antes mesmo das gravações começarem, Robert De Niro, que era cotado para o papel principal do longa, desistiu de fazer Jack Torrance pois teve uma série de pesadelos aterrorizantes depois de ler o roteiro.....

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Bíblia antiga encontrada preocupa Vaticano

O documento
Livro encontrado mostra um Cristo bem próximo do que é pregado por Islâmicos: texto prova que Jesus nunca foi crucificado, não era o Filho de Deus, mas um profeta, e chama Paulo de “Enganador.”
As páginas do livro, do século V ou VI, são de couro tratado e estão escritas em um dialeto do aramaico, língua falada por Jesus. Suas páginas hoje estão negras, por causa da ação do tempo, mas as letras douradas ainda possibilitam sua leitura.
As autoridades turcas acreditam que se trata de uma versão autêntica do Evangelho de Barnabé, um discípulo de Jesus que ficou conhecido por suas viagens com o apóstolo Paulo, descritas no Livro de Atos.
Autoridades religiosas de Teerã insistem que o texto prova que Jesus nunca foi crucificado, não era o Filho de Deus, mas um profeta, e chama Paulo de “Enganador.” O livro também diz que Jesus ascendeu vivo ao céu, sem ter sido crucificado, e que Judas Iscariotes teria sido crucificado em seu lugar. Falaria ainda sobre o anúncio feito por Jesus da vinda do profeta Maomé, que fundaria o Islamismo 700 anos depois de Cristo. O texto prevê ainda a vinda do último messias islâmico, que ainda não aconteceu.
foto  divulgada da capa mostra apenas inscrições em aramaico e o desenho de uma cruz. A Internacional News Agency, diz que a inscrição na fotografia pode ser facilmente lida por um assírio. Os assírios viviam na região que compreende hoje o território do Iraque, o nordeste da Síria, o noroeste do Irã, e o sudeste da Turquia.
A tradução da inscrição inferior, que é o mais visível diz: “Em nome de nosso Senhor, este livro está escrito nas mãos dos monges do mosteiro de alta em Nínive, no ano 1.500 do nosso Senhor”.
O Vaticano teria demonstrado preocupação com a descoberta do livro, e pediu às autoridades turcas que permitissem aos especialistas da Igreja Católica avaliar o livro e seu conteúdo, em especial o “Evangelho de Barnabé”, que descreveria Jesus de maneira semelhante à pregada pelo islã.
O relatório da Basij Press, que divulgou o material para a imprensa, sugere que a descoberta é tão importante que poderá abalar a política mundial. “A descoberta da Bíblia de Barnabé original irá minar a Igreja Cristã e sua autoridade e vai revolucionar a religião no mundo. O fato mais significativo, porém, é que esta Bíblia previu a vinda do profeta Maomé, mostrando a verdade da religião do Islã”.
A Basij afirma que o capítulo 41 do Evangelho diz: “Deus disfarçou-se de Arcanjo Miguel e mandou (Adão e Eva) embora do céu, (e) quando Adão se virou, ele notou que na parte superior da porta de entrada do céu, estava escrito La elah ELA Allah, Mohamadrasool Allah”, significando “Alá é o único Deus e Maomé o seu profeta”.
AGORA DEPENDE DA SUA FÉ,ACREDITAR OU NÃO,POSTAMOS PARA MOSTRAR OQUE ACONTECE SEM QUE NOS SAIBAMOS,SOBRE AS RELIGIÕES E SUAS DESAVENÇAS NO MUNDO....... 

quinta-feira, 30 de maio de 2013

             Imagem de um anjo                    

             surpreende gaúchos


A imagem de um anjo, surgida na lápide de um túmulo do cemitério da linha Pedras brancas, em Frederico Westphalen, chama a atenção da comunidade frederiquense.
A figura apareceu sobre o mármore da sepultura de Maria da Silva, que nasceu no dia 17 de maio de 1922 e faleceu no dia 11 de janeiro de 1964, com 42 anos, deixando 12 filhos. Maria nasceu em São Sebastião do Caí, onde casou-se e teve três filhos, depois morou em São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, onde ficou por alguns anos e teve mais nove filhos. Em seguida, mudou-se com os filhos e o marido para a linha Pedras Branca, onde adoeceu e faleceu em 1964, em casa.
De acordo com um dos casais mais antigos da comunidade, A. e A.O.P., Maria foi uma pessoa que teve uma vida bastante sofrida e enfrentou dificuldades para criar seus 12 filhos. “Naquela época, era o tempo da pobreza, tudo era mais difícil”, explicou A.O.P. Já A. lembra que na época Maria estava grávida de quatro meses. “Poucas pessoas sabiam de sua gravidez. Antigamente era tudo mais reservado”, revelou.

A figura apareceu sobre o mármore da sepultura de Maria da Silva
Segundo um dos filhos de Maria, O.F.S., 56 anos, que atualmente mora na comunidade de São João do Porto, o mármore foi colocado sobre o túmulo há aproximadamente cinco anos. “Não havia desenho algum naquela pedra. A imagem do anjo começou a aparecer há aproximadamente dois anos, e hoje está bastante nítida. Chegamos a contatar com a loja que vendeu o mármore, mas eles explicaram que não há possibilidade de ser umidade ou coisa parecida, pois este tipo de pedra não retém água”, afirmou. 
O.F.S. explicou que foi até o cemitério e tentou lavar a pedra, mas não conseguiu remover a imagem. “As pessoas que vão até o cemitério para ver a imagem ficam impressionados com a nitidez. No Dia de Finados, as pessoas faziam fila para rezar pela mãe. Não pode ser apenas uma coincidência. Este sinal deve ter algum significado especial”, completou.
Como na época não havia muitos fotógrafos na região, por este motivo a família não possui imagens de Maria.  
Para o monsenhor de Frederico Westphalen, L.D.C., há duas explicações para o surgimento da imagem. “Algumas pessoas veem uma imagem de um anjo e acreditam que realmente é um fenômeno espiritual ou paranormal. Por outro lado, o aparecimento pode ter sido ocasionado pela ação do próprio tempo, em um processo natural. Cabe uma observação mais apurada para tirarmos conclusões mais concretas”, informou......

quarta-feira, 29 de maio de 2013

        O Fantasma de Einfield



Objetos pegando fogo ou levitando, ruidos e batidas sem explicação e a possessão de uma criança, que entre outras coisas levitava até o teto. Conheça O Fantasma de Enfield.
A Senhora Peggy Harper e seus quatro filhos moravam em uma casa na localidade de Enfield, Londres-Inglaterra, quando, entre agosto de 1977 e setembro de 1978, coisas estranhas começaram a acontecer.
Objetos pegavam fogo pela casa ou então voavam (uma vez, um brinquedo atravessou a sala e acertou na cabeça de um fotografo). Mas os maiores fenômenos aconteciam com Janet, a filha de 12 anos. A Garota entrava em estados de transe a muitas vezes levitava da cama, muitas vezes parando no teto. Sua voz também mudava durante o transe.

A menina Janet, de 12 anos, em estado de forte transe
Este caso é interessante porque várias fotos foram tiradas dos fenômenos. Os pesquisadores colocavam câmeras com disparo automático pela casa e assim conseguiram diversas fotos. Com estas fotos eles procuravam provar de uma vez por todas a existência do paranormal, mas isto não foi possível.
Veja a sequência de fotos abaixo:

Dormitório dos filhos do casal Harper: a almofada cai no chão e desliza sobre ele.
A roupa de cama da esquerda levanta sozinha, deixando destapada a menina Janet.
Subitamente, Janet se eleva no ar, levitando e permanecendo assim os instantes necessários para ser fotografada.
Outra foto de Janet levitando no quarto. A irmã, na cama ao lado esta assustada e grita.
Aqui Janet está com um braço apoiado no meio de uma escrivaninha enquanto o resto do corpo esta flutuando. Um Sr. A segura.
Este é considerado um caso verdadeiro onde ocorreram diversas manifestação de fenômenos paranormais.
A Família Harper sempre nega falar sobre os acontecimentos de 1977....

                              

                            William S. Bowdern


foi um católico padre [1]da Companhia de Jesus em St. Louis, Missouri , Estados Unidos . Ele foi o autor dos problemas do namoro e casamento impresso por Our Sunday Visitor , em 1939. Ele era um graduado e ensinou em St. Louis University High School , ele também lecionou em St. Louis University .Bowdern foi o principal exorcista no exorcismo de Roland Doe ] a treze anos de idade Luterana menino, em 1949, o caso tornou-se a base de William Peter Blatty novela 's, O Exorcista .Bowdern foi assistido no exorcismo pelo colega jesuíta padre Walter Halloran .

Exorcismo

O menino tornou-se supostamente possuída depois de ter sido apresentado a um tabuleiro Ouijapor seu espiritualista tia, que também era um amigo muito próximo. Após a morte de sua tia, o menino - chamado nos registros apenas como "Roland", às vezes chamado simplesmente de "R", e relatado como "Robbie Manheim" em Thomas B. Allen livro 's Possessed: The True Story of a Exorcism - começou a usar o tabuleiro Ouija em uma base cada vez mais obsessivo.Fenômenos auditivos incomuns começaram a ocorrer, o que de acordo com Allen, soava como "uma torneira pingando". O barulho continuou e parecia centro no quarto da avó de Roland, cujo nome não é mencionado nos registros. Mais tarde, as manifestações escalado para coçar ruídos emanados das paredes da casa. O pai de Roland teria desmontado paredes inteiras em busca da fonte dos ruídos, que presume-se que os ratos de nidificação. Depois Luterana da família ministro aconselhou-os a buscar católica de ajuda, dois exorcismos foram realizados em ocasiões distintas. O primeiro exorcismo terminou dramaticamente após Roland foi contido em uma cama em um hospital católico. Durante os ritos , Roland escorregou uma das mãos para fora das restrições, então ele quebrou um bedspring debaixo do colchão e é usado como uma arma improvisada, cortando o braço do sacerdote do pulso ao ombro e causando

uma ferida que exigiu mais de cem pontos .
Quando o autor William Peter Blatty estava investigando o caso relatado de exorcismo em St. Louis, ele recebeu uma carta do padre Bowdern dizendo que, embora as intenções de Blatty eram boas, ele não iria ajudar no projeto por causa de uma promessa que tinha feito para proteger o identidade do rapaz. Ele ainda escreveu que "a única coisa que posso dizer é que no caso eu estava envolvido no era a coisa real. Tive nenhuma dúvida sobre isso, então, e não tenho nenhuma dúvida sobre isso agora."
Embora o pai Bowdern permaneceu convencido até sua morte em 1983, o padre Walter Halloran depois deu uma declaração expressando seu ceticismo . Ele alegou que ele era incapaz de confirmar ou negar que o rapaz estava realmente possuída. De acordo com o livro de Allen, Halloran é acusado de ter dito que não viu nada além do que capaz de um menino da idade de Roland: não houve demonstração de força super-humana (mesmo que em um ponto Roland é acusado de ter quebrado o nariz de Halloran) e Roland não falar em línguas, porque Roland (ou o espírito possuir) recusou-se a conversar em latim . Nas ocasiões em que Roland falavam latim, Halloran salienta que ele só parecia repetir palavras e frases que ouvira inúmeras vezes durante os ritos de exorcismo.
De acordo com Allen, Roland foi ouvida em uma ocasião, falando aramaico , mas isso não é confirmado. O nome da sola testemunha da ocorrência não é mencionado no livro de Allen.

O bem contra o mal
O que diz o manual de exorcismo do Vaticano

Sinais que caracterizam a possessão demoníaca:
·  Falar línguas estranhas
·  Exibir força descomunal, desproporcional ao biotipo do indivíduo Referir-se a coisas e lugares que a pessoa jamais viu
·  Repudiar Deus, a Virgem Maria, os santos, a cruz e as imagens sacras
O ritual autorizado pela Santa Sé:
·  Começa com a aspersão de água benta sobre o possuído, seguida de orações e leitura de textos bíblicos
·  O exorcista põe as mãos sobre a pessoa e invoca o Espírito Santo para que o demônio saia do corpo
·  A cerimônia é encerrada com a apresentação da cruz, símbolo do poder de Cristo sobre o diabo
·  Apenas sacerdotes outorgados pelas autoridades eclesiais podem fazer o ritual, e em recinto fechado


Entrevista
“Há uma multidão de diabos”
Exorcista de Roma conta que é preciso vários anos para expulsar o demônio de um possuído
O padre Gabriele Amorth, de 74 anos, preside a Associação dos Exorcistas Italianos. Em 14 anos de atividade fez cerca de 50 mil exorcismos. Autor de livros sobre o assunto, promove um congresso anual em Roma em que reúne praticantes do rito vindos de todo o mundo. Ele atendeu a jovem italiana exorcizada pelo papa. Na quinta-feira, foi entrevistado por Assimina Vlahou, de ÉPOCA:
ÉPOCA: Por que a jovem atendida pelo papa voltou a ter crises?
Gabrielle Amorth: Ela é possuída pelo demônio desde os 12 anos. Agora tem 19. Quando se trata de casos graves, é preciso tempo para obter sucesso. Anos e anos. A bênção do papa foi, sem dúvida, um forte impulso.

ÉPOCA: Dos 50 mil casos que o senhor tratou, quantos foram resolvidos?
Amorth: Muitos. A maior parte se livra do problema. Em casos de possessão média, são necessários quatro ou cinco anos, uma sessão por semana. Exorcizo várias pessoas há até dez anos. Mas pode acontecer de libertar um possuído em poucos meses. Depende de quanto ele colabora.

ÉPOCA: O diabo é um só?
Amorth: Não, o diabo é uma multidão. Diz Santo Agostinho que, se fossem visíveis, encobririam o sol. Satanás é o chefe de uma hierarquia.

ÉPOCA: Cenas como as do filme O Exorcista, de 1973, são verossímeis?
Amorth: Os cineastas usam muitos artifícios espetaculares, como os vômitos. O filme tinha coisas justas. Foi baseado num caso verdadeiro e o diretor contou com a assistência de um exorcista. As pessoas possuídas não se transformam daquela maneira, apenas dizem coisas diferentes e mudam a voz.

ÉPOCA: Qual é a etapa mais difícil em uma sessão de exorcismo?
Amorth: Conseguir que os demônios falem. Eles querem ficar escondidos. No caso da moça recebida pelo papa, só depois de duas horas conseguimos que ele dissesse algo. Admitiu responder apenas sim e não. Com a mão da moça, informou quantos diabos estavam presentes – eram quatro.
Inimigos eternos

O peso dos 80 anos de idade e os sintomas do mal de Parkinson não impediram o papa João Paulo II de enfrentar seu maior inimigo: Satanás, um anjo tão degradado que desafia Deus e tenta desviar a humanidade para o pecado e a infelicidade, segundo a tradição católica. Aconteceu na tarde de 6 de setembro. O pontífice recebeu na Santa Sé uma italiana de 19 anos que apresentava sinais de possessão demoníaca. Ela urrava palavras estranhas e sentia-se agredida por símbolos cristãos, como a cruz. A batalha de orações durou 30 minutos. João Paulo II abraçou-a e rezou para livrá-la da influência maligna. Não chegou a cumprir os longos rituais do exorcismo, que incluem a leitura de textos bíblicos e até um interrogatório ao diabo. Fez o que a Igreja chama de exorcismo menor. Concedeu a bênção, e a garota se acalmou. Horas depois, ela mergulhou em nova crise. Não estava curada.
A identidade da jovem foi mantida em segredo. Sabe-se que ela vive na região da Úmbria, no norte da Itália, e tem surtos desde os 12 anos. Médicos e psiquiatras tentaram, em vão, curá-la. Antes de recorrer ao papa, a garota foi atendida pelo padre Gabriele Amorth, exorcista-chefe de Roma (leia entrevista na pág. 132), mas não reagiu aos rituais. Então, levaram-na à Praça São Pedro, para assistir à audiência semanal de João Paulo II. Surpreendentemente, ele decidiu recebê-la. Foi a terceira vez, em 20 anos de pontificado, que o papa assumiu pessoalmente a missão de exorcizar.
Sabe-se pouco sobre o primeiro ritual, ocorrido no final dos anos 70. O segundo combate contra Satanás foi registrado nas memórias do cardeal francês Jacques Martin, morto há oito anos. No dia 4 de abril de 1982, João Paulo II cumpriu as regras canônicas do exorcismo com uma mulher italiana identificada como Francesca F. O cardeal deixou o seguinte relato: “Ela rolava pelo chão, berrando. O papa começou a rezar, pronunciando em vão vários exorcismos, e disse à mulher: ‘Amanhã rezarei uma missa por ti’. Repentinamente, Francesca voltou ao normal e pediu desculpas ao pontífice. Um ano depois, perfeitamente curada, compareceu com o marido a outra audiência com o papa”.
A participação de um pontífice em rituais de exorcismo é carregada de simbolismo. João Paulo II quis reafirmar que o mal existe e os católicos devem combatê-lo. Na Idade Média, quando a medicina era incapaz de diagnosticar doenças psiquiátricas, crises histéricas eram interpretadas como possessão demoníaca e os exorcistas convocados a resolver o problema. Os avanços da ciência moldaram um novo pensamento da Igreja, que relegou o exorcismo a uma atividade quase supersticiosa. O Concílio Vaticano II, em meados dos anos 60, estabeleceu que apenas sacerdotes autorizados pela hierarquia católica poderiam exorcizar. Tais permissões foram extraordinárias. Em 27 anos à frente da Arquidiocese de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns não deu chancela oficial a nenhum exorcismo. “Os casos de possessão são raríssimos”, diz o teólogo beneditino dom Estevão Bittencourt, da Arquidiocese do Rio de Janeiro. O padre jesuíta Oscar Quevedo, especialista em parapsicologia, é mais radical. “Exorcismo não existe”, diz. “Nunca vi um caso que não pudesse ser explicado pela psicologia e pela parapsicologia.”